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domingo, 20 de junho de 2010

Reflexões sobre a Capital

Cheguei quarta-feira (16/06) aqui em Campo Grande. Eram muitas as expectativas; mas como eu disse pelo Orkut "a tripulação não colocou as portas em automático"... Despois disse, com é comum aqui no Mato Grosso do Sul, hibernei! No segundo dia de baixo metabolismo, me dei conta de que quando estou no interior me entedio porque quero o que a cidade não pode me oferecer: ritmo de cidade grande, movimento, distâncias badalações, muita gente, rolo e confusão; ontem, eu, aqui na capital, dormi! Rs. Não consegui me animar para sair, a impressão que eu tinha é que tudo lá fora era muito rápido, muito dinâmico, "movimento, rolo e confusão". Não foi medo, foi fobia - auhauahua (risada longa). Mas é que é assim, não animeiii. Na verdade foi insegurança; não sei se o rápido que eu queria era esse; e se num ataque cosmopolita eu quisesse mais ainda? Das opções de diversão de ontem nenhuma me agradava... não muito; ficar em casa foi tão mais seguro! Seguro com o carro, seguro com a vida, com o bolso; e ainda com a internet para complementar. Tranquilo, sem risco de acidentes ou chateações. Notaram a semelhança com o atmosfera disponível nas cidades do interior do MS? Se é assim que me sinto seguro, por que resistir tanto quanto ao fato de ficar lá? Será que me é uma condição inerente essa de querer transitar?
Acredito piamente que nossa geração (eu nasci em  1982) vive um ritual de passagem. As vezes chego até a me sentir como um ratinho de laboratório sendo experimentado, testado; me sinto confrontado o tempo todo, parece que há uma necessidade constante algo muito inquietante que ainda não encontrou satisfação. uma vontade de estar aqui, lá ou em qualquer lugar que não seja onde estou. Manoel de Barros tem uma frase boa pra isso: "do lugar onde estou já fui embora". Existe um lugar inquietante? Existe alma, encarnada eu digo, quieta?

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